quarta-feira, 22 de julho de 2015

DE SEDA




São pequenas as jarras de porcelana
onde deixámos os lírios brancos
que resistiram ao tempo da secura.
E quando os nossos olhos orvalhados
ficaram mais sensíveis à luz
do amanhecer juncámos o chão
que amamos com a brancura dos lírios.
De seda. Da sede: gota a gota.


Graça Pires
De Uma vara de medir o sol, 2012

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