sexta-feira, 29 de maio de 2015

DEPOIS DO FIM


Arte  Hans Andersen Brendekilde


A minha vida ,agora, é tão outono
Como é a luz do sol quando se põe...
Ventura que se chama e não responde,
A dar a sensação de abandono...

Nas malhas dessa rede que é o sonho
Nos sonhos que são feitos de raízes.
Do tempo em que vivi dias felizes,
É só, quando não sinto este abandono...

.Não tenho fé em nada, nem em mim!
Nem é o medo do "depois do fim",
Que me faz faz continuar por estes trilhos...

.A força. porque vivo, mesmo assim,
Não é coragem ou pena de mim... 
É por ser mulher, mãe de meus filhos...
.

Nidia Horta,
em BAILANDO O CAMINHO...
ENCONTREI UMA ROSA..

3 comentários:

  1. Lindo soneto de Nilda Horta! Não conhecia a autora ainda.

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  2. Ela é minha amiga no Facebook Ana, uma poetisa portuguesa com mais de 80 anos, um encanto!

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  3. Obrigada pela honra Amália Grande...Um grande abraço de uma amiga de Portugal

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