terça-feira, 5 de maio de 2015

AO VENTO DE OUTONO




Vento de outono, vento solitário,
vento da noite,
força obscura que se desprende
do infinito e volta ao infinito,
rodopia dentro de mim, conjura
contra meu coração tua força,
arranca de um vez a casca
do fruto que não madura.


Joan Vinyoli
(1914-1984)
Tradução de João Cabral de Melo Neto.


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