Quem me dera ter raízes, que me prendessem ao chão Que não me deixassem dar um passo que fosse em vão. Que me deixassem crescer silencioso e erecto, como um pinheiro-de-riga, uma faia ou um abeto Quem me dera ter raízes, raízes em vez de pés. Como o lódão, o aloendro, o ácer e o aloés. Sentir a copa vergar, quando passasse um tufão. E ficar bem agarrado, pelas raízes, ao chão. Jorge Sousa Braga, “Herbário”, Assírio e Alvim, 1999
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