quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ANDA O TEMPO



Olha o tempo, caído nessas pétalas
e evaporado nessas vagas nuvens,
olha-o no olhar e no sorriso
em que os belos rostos se desfolham.

Anda o tempo, anda o tempo, o sem-cessar
abrindo flores e fechando pálpebras;
com pés de névoa e de silêncio anda
frutas e corações amadurecendo.

Ouve o passo do tempo como pisa
meu coração, as uvas e os sonhos;
ouve o rio do tempo como cruza
terras floridas, jovens comarcas...

Vem, senta-te à direita de minha alma,
à margem do rio do crepúsculo,
e oponhamos ao tempo, ao inimigo,
a doçura de sermos dois na tarde.


Eduardo Carranza
In: Antologia Poética






2 comentários:

  1. Amália,


    Hoje vim lhe convidar para conhecer e se desejar acompanhar o novo espaço onde estou postando com mais amigos.
    Espero que goste. Aguardo sua visita que só acrescentará ao blog.
    As páginas são de excelente qualidade e bom gosto...

    http://refugio-origens.blogspot.com

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  2. Obrigada Malu vou visitar, com certeza.
    Grata pelo convite!

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