A verdade que pertence aos gestos
Ao menor dos gestos
Antes de chegarem palavras que nos socorram
Às vezes é a verdade de um amor
Escassos propósitos as palavras
Para o abalo de terra
Em que se tornou de repente
A nossa vida
Um sofrimento não nos larga
A manhã parece-se estranhamente
Com outro lugar
Saberemos então que significam
Os intervalos do silêncio
Onde o silêncio é maior
José Tolentino de Mendonça
in A noite abre meus olhos, 2006
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