Ah, esta lua tão branca é a minha
..............Lua de sempre.
Não é verdade que se tenham escoado os
..............instantes inumeráveis.
Esta Lua alumia ainda a minha alma
..............de menino,
e seu puro clarão escorre sobre as frescas
..............madressilvas
da cerca de ripas do quintal antigo.
Esta Lua tão branca é a Lua do
..............mundo imenso
em que não havia nem sofrimento nem tumulto.
Do mundo de silência infinito,
de cujo seio surdia o canto misterioso
dos seres e dos destinos...
Tasso da Silveira
in Canções a Curitiba
& outros poemas
Nenhum comentário:
Postar um comentário