sexta-feira, 15 de maio de 2015

NINFÉIAS




Eu vou aonde as nuvens
de impossíveis tons se embriagam,
eu nado onde aquáticos leques
se irisam em sonhos
e por arte do encanto se dissolvem.

Eu furto cores,
clico roxos que se miram
em espelhos que me expandem.

Bebo a luz, traço a alma,
eu sou o impressionista ambulante.

Então nem me perguntes
por quais cambiantes geografias me espalho:
meus olhos são câmeras mimadas
meus pincéis são artífices do instante.

Fernando Campanella

Um comentário:

  1. Neste passeio de domingo me vejo entre as cores do coração dos poetas. Magnífica poesia. Parabéns pela seleção. luz e paz.

    ResponderExcluir