A moça atrás da vidraça
espia o moço passar.
O moço nem viu a moça,
ele é de outro lugar.
O que a moça quer ouvir
o moço sabe contar:
ah, se ele a visse agora,
bem que havia de parar.
Atrás da vidraça, a moça
deixa o peito suspirar.
O moço passou depressa,
ou a vida devagar?
JOÃO GUIMARÃES ROSA
In Ave, Palavra, 1970
Linda poesia!
ResponderExcluirAcho que ambos passaram... devagar. Depressa...
Te convido a conhecer e seguir o novo blog: projetoararasopb.blogspot.com
Ele é voltado a conscientização ambiental. Obrigada!