quarta-feira, 16 de outubro de 2013

DE REPENTE OS SINOS!



De repente os sinos!

Inesperadamente
No meio da noite
Sinos tocando!
De todas as direções
Estão chegando vozes de sinos!
Sinos do sul
Sinos da noite,
Sinos das cidades
Surgindo das brumas,
Molhados das chuvas.
Sinos roucos
Cobertos de neve.
Sinos abafados,
Vozes sufocadas.
Sinos quentes,
Sinos juvenis,
Sinos claros,
Trazendo nas vozes
Os tons dos lilases,
Sinos que parecem 
De tão delicados
Feitos para as rosas
Despertar do sono.
Sinos das montanhas,
Sinos da agonia,
Sinos das tormentas
Sinos das tragédias.
Pungentes tangentes
Sinos tão alegres,
Vibrando e cantando,
Sinos me acordando,

De repente, os sinos!

Augusto Frederico Schmidt





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