quarta-feira, 2 de maio de 2012

TRISTEZA DAS MÃOS



Choram em silêncio a dor de envelhecer.

Foram um dia a graça inocente
De um berço num lar.

Pálidas mãos, sulcadas de renúncias!

Foram jovens e belas,
Confiantes em si mesmas, todo-poderosas.

Tímidas mãos que se apagam na sombra!

Mãos feitas de luz, intrépidas e leais,
Solícitas e compreensivas,
Ternas mãos maternais.

Velhas mãos solitárias,
Como dói recordar!

Helena Kolody,
in Paisagem Interior

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