Fotografia de Nelci Kaaletka
Diz à flor a borboleta:
‘Vamos, irmã, tudo é luz!
Há muito prisma doirado
Que pelos ares transluz…
Tuas pétalas são asas,
Das nuvens nas tênues gazas,
D’aurora nos seios nus
Tens um ninho entre perfumes…
Vamos boiar, entre os lumes
Desses páramos azuis’.
À linda fada dos ares
Responde a silvestre flor:
‘Eu amo o gemer das auras
E o beijo do beija-flor…
Se és do céu a violeta,
Sou da terra a borboleta...
Sigo um destino menor.
Buscas o céu – eu a alfombra,
Queres a luz – eu quero a sombra,
Pedes glória – eu peço amor’...”
Castro Alves
Em “Poesias Completas”,
Que poesia linda, eu não conhecia! E a imagem é maravilhosa. Adoro borboletas!
ResponderExcluirRelendo e me encantando novamente. Desconhecia esta poesia. Grata por compartilhar. Muita luz e paz.
ResponderExcluir