Nuvens esgarçam-se; do céu em brasa
errante luz bruxuleia sobre vales ofuscados.
Pando com o vento quente procela
fujo a passo incansável
Atravessando uma vida nublada.
Ah, se por um instante
ao menos, entre mim e a luz eterna
uma propícia borrasca soprasse o cinzento nevoeiro!
Estrangeira é a terra que me cerca:
leva-me longe, arrancado da pátria,
de um lado para outro o poderoso vagalhão do destino.
Vamos, vento: corre com essas nuvens,
rasga esses véus
para que a luz me possa cair sobre os incertos atalhos!
Hermann Hesse
in Andares
Muito belo, assim como a postagem do Rumi. Sempre a partilhar grandes palavras, minha amiga!
ResponderExcluirAssim o caminho sempre é mais colorido!!!
Um grande abraço
Obrigada Malu.
ResponderExcluirSua visita é sempre calorosa.
Beijos.