Minha alma, agora, é como uma janela aberta
para o infinito azul de uma hora de saudade:
Todo o imenso langor da tarde em sombra a invade,
enchendo-a de uma luz dúbia, esmaiada, incerta.
Não sei que estranhas mãos erguem véus de abandono,
num divino silêncio, entre minha alma e a vida,
para ela adormecer de distância, esquecida,
como uma flor serrôdia, às caricias do outono...
ALCEU WAMOSY,
In Coroa de Sonho
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