As velhas ilusões são como um bando
de cisnes a vogar em manso lago:
Seguem suaves, silentes; vão sonhando,
ao condão misterioso de um rei mago...
A tarde é um lírio roxo: o ocaso é brando,
e morre à beira-céu, com o um afago;
a lua, errante arcanjo miserando,
ergue-se então com o seu palor pressago...
Há sombras pelos bosques enluarados,
e nos torreóes do céu vultos humanos
envolvem-se em grinaldas de noivados...
Vêm dias, e vêm meses, e vêm anos:
E os cisnes, em casais de bem casados,
seguem singrando o lago dos enganos...
Alphonsus de Guimaraens
de cisnes a vogar em manso lago:
Seguem suaves, silentes; vão sonhando,
ao condão misterioso de um rei mago...
A tarde é um lírio roxo: o ocaso é brando,
e morre à beira-céu, com o um afago;
a lua, errante arcanjo miserando,
ergue-se então com o seu palor pressago...
Há sombras pelos bosques enluarados,
e nos torreóes do céu vultos humanos
envolvem-se em grinaldas de noivados...
Vêm dias, e vêm meses, e vêm anos:
E os cisnes, em casais de bem casados,
seguem singrando o lago dos enganos...
Alphonsus de Guimaraens
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