Sim, tu és o porvir, a grande aurora,
que desponta das planícies da eternidade.
Tu és o canto do galo após a noite do tempo,
tu és orvalho, albas, menina,
tu és o viajante, a morte, a mãe ...
Tu és a forma que incessantemente muda,
que, solitária, emerge do destino,
que não se comemora nem lamenta,
pois ninguém te dirigiu, floresta selvagem.
Tu és o fundo essencial das coisas
que cala a última de sua essência
e que mostra aos outros sempre outro:
terra ao barco, e navio à costa.
Rainer Maria Rilke
in Antologia Poética
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