Em mil novecentos e oitenta e sempre,
ah, que tempos aqueles,
dançamos ao luar, ao sol da valsa
A Perfeição do Amor Através da Dor e da Renúncia,
nome, confesso, um pouco longo,
mas os tempos, aquele tempo,
ah, não se faz mais tempo
como antigamente.
Aquilo sim é que eram horas,
dias enormes, semanas anos, minutos milênios,
e toda aquela fortuna em tempo
a gente gastava em bobagens,
amar, sonhar, dançar ao som da valsa,
aquelas falsas valsas de tão imenso nome lento
que a gente dançava em algum setembro
daqueles mil novecentos e oitenta e sempre.
Paulo Leminski
in La vie en close
Um belo poema!
ResponderExcluirSaudações poéticas!
Que honra receber a sua visita,
ResponderExcluirpoeta Vieira Calado.
Saudações poéticas!