domingo, 29 de abril de 2012

OFÍCIO



Naturezas de borboleta
forjam casulos em silêncio.
Em segredo, universos tramam
O absoluto florescimento.

Tanta beleza em surdina
que já não se conta o tempo.

O ferreiro tece o concreto
em diurno alheamento.

Também meu escopo de arte
por estas vias se encorpa.
Tanta mobilidade, tantas formas
me saíram do bolso
assim como do nada

no mais desprovido silêncio.

Fernando Campanella

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