Dentro do coração
desenho
uma clareira
varrida de luz:
aí desdobro os mapas,
arrumo as
bússolas
e todos os instrumentos
para velejar no ar.
Iço as
palavras
"amor", "orvalho", "vento"
e recolho as âncoras.
Meu corpo,
livre de toda a gravidade,
já pode voar.
Roseana Murray
Nenhum comentário:
Postar um comentário