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Aqui me tens, meu Deus, em confissão.
Não roubei. Não matei. Não caluniei.
Mas nem sempre segui a tua lei,
nem sempre fui a irmã do meu irmão.
Não recusei aos outros o meu pão.
Amor, algumas vezes, recusei.
Mas por tudo o que dei e o que não dei,
eu te peço, meu Deus, o meu perdão.
Perdão para os meus pecados
e para os meus pecados inocentes,
para o mal que já fiz e ainda fizer ...
Perdão para esta culpa original,
para este longo e complicado mal:
o crime sem perdão de ser mulher.
Não roubei. Não matei. Não caluniei.
Mas nem sempre segui a tua lei,
nem sempre fui a irmã do meu irmão.
Não recusei aos outros o meu pão.
Amor, algumas vezes, recusei.
Mas por tudo o que dei e o que não dei,
eu te peço, meu Deus, o meu perdão.
Perdão para os meus pecados
e para os meus pecados inocentes,
para o mal que já fiz e ainda fizer ...
Perdão para esta culpa original,
para este longo e complicado mal:
o crime sem perdão de ser mulher.
Fernanda de Castro
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