quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

II



A flor abriu nos caminhos do abismo.
 
Mãos desfeitas colheram-na
nos caminhos do abismo,
e as pétalas inocentes não murcharam.
 
A flor azul abriu no deserto silente.
 
Mãos crispadas colheram-na
no deserto silente
e as pétalas virginais não se crestaram.
 
A flor azul abriu no píncaro alto e puro.
 
Mãos sagradas colheram-na
no píncaro alto e puro,
e as pétalas miraculosas não tombaram.
 
E nos caminhos tristes,
no deserto,
no píncaro,
 
os Poetas cantaram. . . 
 
 
Tasso da Silveira
In: Puro Canto

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